
Dinheiro não traz felicidade, mas a falta dele certamente não nos traz paz!
Hoje vamos falar sobre o dinheiro que deixamos de ganhar e, também, sobre aquele que escolhemos não ganhar.
Ontem mencionei aqui o atendimento desastroso que recebi de uma vendedora dias atrás. Como prometido, hoje vamos refletir sobre o impacto financeiro que a negligência no atendimento pode causar a quem trabalha, especialmente na área comercial. Afinal, quando um cliente não recebe o respeito que merece, a perda vai muito além de uma simples venda — pode representar um prejuízo considerável.
Lembro-me de uma ex-colega de trabalho que tinha uma abordagem completamente diferente da minha. Enquanto eu lamentava cada cliente que não conseguia conquistar, ela simplesmente amassava os dados dos clientes e os descartava sem nenhum remorso. Não estou aqui para criticar sua maneira de atender — até porque, quando interagia com um cliente, ela o tratava muito bem. No entanto, não investia um mínimo de sentimento em suas negociações, tampouco se preocupava com o dinheiro que deixava de ganhar. Para ela, era apenas questão de seguir em frente: “Próximoooooo!”.
Não sei dizer se há certo ou errado, mas minha postura sempre foi oposta à dela. Eu mantinha duas pastas: uma com os clientes fechados e outra com os chamados “perdidos”. No fim de cada mês, elaborava uma planilha detalhando ambas, o que me permitia saber exatamente quanto eu ganharia e quanto havia deixado de ganhar. No ano seguinte, revisitava as propostas fechadas para trabalhar as renovações e fazia uma nova tentativa com os clientes que, anteriormente, não haviam fechado negócio comigo. Em alguns casos, conseguia reverter a situação. Em resumo, só desistia de um cliente quando ficava claro que insistir seria perda de tempo.
Nunca fui uma vendedora pegajosa, mas também nunca fui indiferente à grande maioria dos clientes. Claro, há aqueles que, por um motivo ou outro, acabo "demitindo" logo na primeira, no máximo na segunda oportunidade.
E há, ainda, aquele dinheiro que decidimos não ganhar — simplesmente porque sabemos que sua origem não é confiável. Mas esse é um assunto para a próxima sexta-feira.
Fique bem.
Cindy Ferreira | viveReal