Essa foi a minha resposta quando me perguntaram por que desisti da CLT, faltando pouco mais de dois anos para a aposentadoria. Hoje, um vídeo apareceu no feed do meu perfil pessoal com a seguinte pergunta: o que é luxo para você? E eu não precisei pensar muito para responder.

Para mim, luxo é ter tempo. É o privilégio de viver sem precisar me comparar com ninguém. É ter opinião, mesmo quando percebo que o silêncio é a melhor resposta. É viver com o mínimo do melhor que posso ter. Luxo é ter uma peça exclusiva — não porque foi feita por uma marca famosa e cara, mas porque foi criada por mim. Sei que alguém pode até copiá-la, mas nem eu mesma conseguiria fazer outra igual. E, ainda assim, não sinto a menor necessidade de ostentá-la. Isso é luxo de verdade.

Agora, não pense que essa conquista seja fácil. Não é! Vivemos tempos de cópias vendidas e ostentadas em massa, tempos de gostos cada vez mais questionáveis. Manter a autenticidade nesse cenário é um desafio — mas não é impossível.

Eu literalmente me afastei, me reservei ao meu lar e, diferente do que muitos pensam, não me isolei — afinal, o mundo está conectado. O que fiz foi optar por mim, pelo que me faz bem, pelo que gosto, pelo que escolho conscientemente. Hoje, tenho o controle literalmente em minhas mãos — e não falo só de tecnologia.

Vou te dar um exemplo simples para ilustrar e, quem sabe, fazer você refletir. Outro dia, saí para comer pizza com duas colegas. A ideia era conversarmos, sabermos como cada uma estava, enquanto saboreávamos uma boa pizza acompanhada de um bom vinho. Mas nossos planos foram completamente frustrados. Mesmo tendo escolhido um restaurante especial, o fato de ser um lugar público o tornava aberto à presença de pessoas indesejáveis. E, para nossa "sorte", na mesa ao lado havia um grupo sem qualquer noção de educação, muito menos de etiqueta social.

Talvez, nesse momento, você esteja pensando: que fresca! Sim, eu sou! Gosto do que é bom — especialmente quando se trata de comportamento. E agora percebo que, se eu tivesse convidado as duas para minha casa, nossa noite teria sido muito melhor. Não só porque meu lar seria muito mais agradável, mas porque teríamos realmente vivido o momento que planejamos. Óbvio que nosso próximo encontro será lá, né?

Termino reafirmando: definitivamente, faço parte do time que não troca qualidade por quantidade — por mais que isso esteja na moda.

Pronto, falei! Me permiti ser exatamente quem sou! Essa autenticidade e intensidade vêm no pacote da ariana marcante e cheia de vida que escolhi ser. Espero que você me entenda e aprecie o meu relato de hoje — ou seja, que saiba o valor disso. Afinal, no fim das contas, ser fiel a mim mesma é um luxo que poucos se permitem — e eu não só me permito como defendo isso com unhas e dentes.

Até segunda-feira, quando voltaremos a falar sobre saúde física e tudo o que estou fazendo para conquistá-la, apesar da SM. Falaremos sobre o que tenho feito para resignificar minha relação com a comida.

Bom fim de semana,

Cindy Ferreira | viveReal