A dor não diminui com o tempo. Nós que nos acostumamos com ela.

Perder alguém nunca é fácil. Fica um vazio que nada consegue preencher. Diferente do que muitos dizem, não se trata de uma dor emocional, mas de uma dor física e de certa forma emocional. 

Mês que vem fará treze anos que minha mãe foi morar com Deus. Por muito tempo eu fiquei destruída. Lembro-me que eu ia para o banco chorando. Passava o dia trabalhando, fingindo estar tudo bem e ficava contando os segundos para voltar para casa e continuar chorando. 

Depois foi a vez do meu pai seguir viagem, rumo a casa de Deus. Sofri absurdamente, mas foi diferente. Ouso dizer que é na hora que perdemos a nossa mãe, que nosso cordão umbilical é efetivamente cortado. 

Também é muito doído quando perdemos alguém que ainda está vivo. Mesmo sabendo coisas horríveis dessa pessoa. Tudo que ela fez para te machucar. Fica a cicatriz na alma e de vez em quando dói assustadoramente. 

Como pode a gente sentir saudade de alguém que nos matou em vida, que nos excluiu da vida delas, te fez chorar, sofrer? Imagino que isso acontece porque sentimos falta de quem nós sentimos por uma pessoa que, na verdade nunca existiu. Uma pessoa que inventamos para não nos matar de decepção. 

Hoje não foi um dia fácil e o pior é que não aconteceu absolutamente nada diferente dos demais dias. Como disse um amigo me disse hoje. Vamos ter paciência e rezarmos. Deus pede que perdemos setenta vezes sete. Juro que estou tentando, mas está bem difícil.

Amanhã eu volto.

Até lá,

Cindy Ferreira - viveReal

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